terça-feira, 30 de abril de 2013

Meu filho, você não merece nada


ELIANE BRUM

Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de
 Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua(Globo). 
E-mail:
 elianebrum@uol.com.br 
Twitter: @brumelianebrum
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
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É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

domingo, 28 de abril de 2013

Hoje é dia de sonhar grande

Mensagens positivas para começar sua semana! Vamos acreditar juntos que a partir de AGORA tudo dá certo???
Beijos e boa semana!

http://ynovacao.com.br/hoje-e-dia-de-sonhar-grande/

Hey você que acordou agora. E também você que já estava de pé desde o sol nascer, prontinho para trabalhar. Sabe que dia é hoje? Hoje é dia de sonhar.
E para que este maravilhoso dia aconteça da melhor forma possível, precisamos nos permitir. Permitirmo-nos sermos um tanto diferentes do que vínhamos sendo até agora a pouco.
  • Precisamos ser um pouco menos incrédulos e acreditar mais no nosso potencial;
  • Dar menos ouvidos àquilo que não vai contribuir para o nosso crescimento e ouvir mais o nosso coração;
  • Fazer um pouco mais do que estávamos fazendo para atingir nossos objetivos;
  • Abrir mão de algumas coisas que são prazerosas, mas não somam no momento;
  • Esvaziarmo-nos de rancores que trouxemos conosco durante tanto tempo e dar espaço ao perdão;
  • Amar mais, a si próprio e a todos ao nosso redor;
  • Olhar para a natureza por alguns minutos e permitirmo-nos extasiar pela sua pureza e majestade;
  • Agradecer mais, não importa o que aconteça, pois sempre teremos motivos para agradecer;
  • Ajudar mais as pessoas que precisarem de algo, por mínimo que seja, pois elas estão bem ao nosso lado;
Para sonharmos temos que voltar a sermos crianças, aquelas puras e inocentes pessoinhas que fomos um dia e a adultice nos roubou. Temos que novamente acreditar que o impossível é só questão de opinião e trabalhar duro para chegar lá. Ou melhor, não trabalhe duro! Trabalhe com prazer e afinco, mas que a dureza seja quebrada pelo sorriso no rosto, vindo da certeza de que o futuro nos aguarda.
Sonhemos nossos sonhos, juntos dos sonhos dos outros, que estão tão próximos daquilo que desejamos, e se encontram no mais vasto infinito do universo.
No mundo dos sonhos é que são criadas as grandes obras, as maravilhas da humanidade, as maiores mudanças que o mundo já viu. E é neste mundo que eu desejo que hoje todos nós adentremos e comecemos a nos recriar, reconstruir, renovar.
Que adentrando ao mundo dos sonhos nos tornemos melhores e, ao sair dali, logo mais, encaremos a realidade com novos olhos, mais fortes e decididos, motivados a seguir em frente, com nossos projetos um dia sonhados, que estarão cada dia mais próximos de se tornarem reais.
Quanto ao meu sonho, gostaria de compartilhar, apesar de alguns já saberem: mostrar para as pessoas que elas podem mais, cada vez mais, tudo o que quiserem, e também podem mudar o mundo à sua volta. Basta acreditar.
Tenho fé na bondade das pessoas e na mudança daquilo que parece sem salvação.
Se utopia é o modo mais absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que fossem, fantasiosa e talvez contrária ao mundo real, que eu seja o mais absurdamente utópico de todos.
Lembre-se que na crença positiva na utopia é que o seu sonho se fará real. Portanto, sonhe grande.

Criação

Crie em você, através da dedicação, as realizações do amanhã. O amanhã é uma condição temporal contínua, mas os frutos de persegui-lo são colhidos no presente. Não há pessoas melhores ou piores que você, o que o diferencia dos demais é a sua dedicação. Crie, recrie e cresça. Reflita, renasça, vença e apareça. As vitórias do utópico amanhã são construídas todos os dias.
Postado por Renan de França Souza

Passo-a-passo de arranjos florais IV

Nesta postagem coloco dois arranjos muito econômicos, adorei as ideias. Fiquei tão entusiasmada com o belíssimo resultado desses arranjos que corri postar para vocês!!!!
O primeiro arranjo é feito com garrafa pet e o segundo usa laranja como vaso.
Meninas: mãos à obra! Usem essas ideias na festa do casamento de vocês, batizados e festas de seus filhos e até para decorar a casa. 

1) Passo-a-passo (DIY) de como fazer cachepots com garrafas pet recobertas de tecido:
Só tem um detalhe: notem que o fundo da garrafa pet tem que ser chato.
O texto é de lá:
"A artista plástica Denise Meneghello ensina passo a passo para fazer lindos cachepôs. Confira nesta galeria."
"Anote aí, você irá precisar de: garrafa pet, tecidos, fita pompom, cola branca, tesoura, estilete, furador, cordão colorido."
"Com o auxílio de um estilete, faça um furo no meio da garrafa":
"Com a tesoura, corte a volta toda para dividir a garrafa em duas partes":
Segure a metade da garrafa na altura do rosto e, com uma tesoura, vá aparando as rebarbas e girando a garrafa até que fique uniforme":
"Passe cola branca (sem diluir) em uma parte da garrafa":
"Apoie o tecido sobre a garrafa e pressione-o com as mãos":
"Agora, passe cola branca no restante da garrafa e cole o resto do tecido":
"Corte a sobra de tecido deixando 0,5cm para sobrepor na junção":
"Passe mais cola na junção":
"Passe cola sobre o tecido no fundo da garrafa de modo que o mesmo fique totalmente grudado":
"Com o furador de papel, faça dois furos":
"Passe o cordão pelos furos e dê um nó":
"Cole a fita pompom ao redor da boca do pote com cola quente":
"O cachepot está pronto! Deixe secar pendurado":
"Encha de água até a metade do cachepot e arrume as flores":
"Pendure onde desejar! Os cachepots também podem ser pendurados no corrimão da escada para decorar uma festa":
2) Arranjo dentro da laranja:
http://www.aquinacozinha.com/2011/06/arranjo-de-flor-para-um-jantar-romantico/
O blog Aqui na Cozinha, da Patty Martins, mostra esse lindo arranjo feito em laranja - ela mesma quem montou o arranjo abaixo. O texto seguinte é de lá.
Observação: visitem o blog Aqui na Cozinha, da Patty! É uma gostosura de ler! Além de muita simpatia, ela ensina como fazer muitos pratos fáceis e saudáveis. E por favor, leiam quem ela é, por ela mesma: http://www.aquinacozinha.com/2009/09/a-dona-da-cozinha/ Vale a pena! Parabéns Patty pela mulher que você é!
"Você vai precisar de:
- 1 laranja
- Palito de dente
- Fita adesiva
- 2 maços pequenos de flores miúdas
- 2 maços pequenos de uma flor bem miudinha que sirva como complemento

Modo de fazer:
Retire as flores da haste maior deixando um pedaço do caule. Quebre os palitos de dentes na metade e fixe no caule da flor com o auxílio da fita adesiva (como na foto 2, 3). 
Faça isto tanto com as flores pequenas, quanto com as bem miudinhas. Não esqueça de deixar um pouco das folhas junto das flores, assim fica mais bonito. 
Depois que fixar o palito em todas as flores, pegue a laranja e dê um pequeno corte na parte de baixo, para que ela fique em pé sem rolar (foto 4). 
Agora sim apoie a laranja em pé e vá espetando as flores na laranja, faça isto intercalando flores pequenas e miúdas para ficar harmônico. Pronto é só isto.
Fica um arranjo bem harmonioso e bonito."







Termino citando o blog de um rapaz, Renan de França Souza:
http://umnovodiaparasonhar.blogspot.com.br/
O texto é dele:

O Momento

"É tempo de fazer sua alma arder em chamas. Tenha fé, força e busque os seus sonhos. Busque sua felicidade verdadeira, sem medo de errar! Busque em cada oportunidade o momento ideal de se construir enquanto ser humano. Não deixe de sentir, nunca pense em não agir... Trate cada dia como uma dádiva do destino, pois nas coisas mais simples descobrimos a maior das felicidades. É com sorrisos simples, puros e sinceros que nossos corações ardem em chamas. É animando-se na infinidade de possibilidades da vida que nossos corações se enchem de esperança. É olhar para o horizonte sabendo que não há limites para você, desde que acredite. Seja, sinta, faça, busque, reflita e nunca desista. Este é o momento em que você ganha forças para se fazer feliz e emanar todos os sentimentos bons para aqueles que o rodeiam. Este é o momento, faça acontecer! Olhe para frente, levante a sua cabeça e viva cada dia da forma mais sincera, justa e pura... pois tenha certeza que a vida é a maior das nossas oportunidades. É a oportunidade de desenhar uma história em que cada momento é inesquecível. Este é o momento, faça acontecer."

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Saudade

Hoje é quinta-feira. Dia 25. Meu pai faleceu num desses dias vinte e cincos... Num dia quente, ensolarado.
Meu último dia de sol. Faz quase dois anos e meio.
Desculpe, para quem ler isso, eu escrever sobre coisas tristes.
Fica em paz, meu pai. Que sua vida aí onde o senhor está seja muito melhor que a que o senhor já sonhou um dia em ter. 
Desculpe por toda a dor que te causei. O senhor me disse que fui uma boa filha, sei que fui. Mas sei que foi muito pouco. Uma coisa que o senhor nunca vai saber é que mesmo distante eu ficava imaginando quando eu conseguiria voltar para casa de novo, bem de vida, e aí ficava pensando em quantas coisas boas poderia fazer para o senhor e para a mãe. 
Nada disso aconteceu... E agora meus sonhos são tão menos intensos... sobrou pouco.

Ai, ai... quem entende a vida... 

Ontem comprei o lavatório do banheiro novo lá de casa. Na semana passada terminamos a parte mais complicada da hidráulica. Gostaria que o senhor soubesse. 

"(...)
Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou."

(...)

Pablo Neruda