Minha cover não sabe opinar. Disse que nunca viveu isso (de morar numa casa grande, velha, suja e que precise de reformas com os moradores lá) mas que também não gosta de sujeira e bagunça.
Como mulher, entende que deve ser difícil demais não ter um lar.
De certa forma, ambas concordamos que a solução, caso eu não consiga mesmo sobreviver a tudo isso, seria eu mudar sozinha para outro apartamento. E ela também acha que isso não vai dar certo, que o relacionamento acaba.
Bom... vou ver o apartamento daqui a pouco.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Almoço com uma amiga e conselhos
Estranhamente, almocei com minha
cover (não vou explicar isso, mas nunca tinha acontecido de almoçarmos juntas).
E acabamos falando sobre relacionamentos, mesmo sem eu ter falado que praticamente
desisti do meu.
Ela é ótima! Em resumo... embora
ela tenha morado junto com outra pessoa por 5 anos e tenha classificado como um
fracasso essa relação, noto que ela tem bem mais jogo de cintura para
relacionamentos que eu (embora eu não considere minha outra relação como um
fracasso – tínhamos um bom convívio).
Ela me aconselhou a fazer coisas
do jeito que de fato meu marido iria gostar (pedir tudo com beijinhos, etc.), e
que a mulher é que sempre cede mesmo (ou seja, ela topa ceder). Mesmo quanto à
faculdade que larguei (larguei porque não consigo mais estudar aos finais de
semana em razão de tantos afazeres domésticos – mas largar a faculdade é o que
mais está me dilacerando – era um sonho pra mim), ela me disse que se eu o amo,
de repente vale a pena parar de estudar para atender nossa relação...
E que no fundo nunca é 50% - 50%,
que sempre a mulher se doa mais se quiser que a relacao funcione.
Bom...
Estou perplexa...
Ainda...
E ainda...
...
...
Sinceramente não sei o que
fazer... Na melhor das hipóteses devo apresentar os dois – num primeiro momento
ele será mais feliz com ela do que comigo.
E eu serei mais feliz sozinha...
Puxa... que triste conclusão. Vou explicar melhor... Antes de tudo, não consigo
aceitar que eu tenha de parar minha vida por conta de uma relação. Eu só estava
fazendo 2 disciplinas de meu curso a noite... Não estou abusando... E depois,
tenho dado conta da casa... E achava que já que meu marido gosta de casa grande
(eu não queria), ele poderia me ajudar um pouco – somos um casal, certo? As
coisas têm que ser divididas, afinal, não divido as contas com ele? Então o
serviço também. Mesmo que eu faça mais serviço que ele, o que não concordo é eu
ter de fazer mais de 90%. Nós dois comemos, então em vez de no sábado eu ir num
lugar para comprar produtos naturais, noutro para o leite, noutro para
congelados e frios, noutro para legumes, às vezes na lavanderia (e tudo com
pacote e sem carro), achei que poderíamos dividir as tarefas. Quem sabe se
dividíssemos eu teria tempo de ir ao salão...
Mas achei tudo errado...
As lições que aprendi com ela:
1)
Jamais falar, eles não entendem. Eles têm
um filtro que consideram tudo o que uma mulher vai falar como uma reclamação. E
detestam reclamação (engraçado... eu também...).
2)
A parte do fingir... essa serve para quase
tudo: finja que está bom, sorria sempre, peça tudo com muito jeitinho... mesmo
que seja pela centésima vez... Esconda sua insatisfação. Finja que está tudo
bem se for preciso. Eu disse que estou tão chateada e cansada com tudo que não
consigo fingir mais nada de bom. Ela respondeu: “pare de trabalhar demais e
guarde energia para fingir que está bem. É importante mostrar que está bem.
Arrume energia pra isso. E volte a se arrumar, largue a roupa suja no cesto mas
vá ao salão todo sábado” (é que estou um lixo há um mês).
3)
Jamais estoure. Seja de ferro, mulher. Ou
melhor, de açúcar - eles adoram que nós nos derretamos feito calda de açúcar
(eu cheguei a dizer a ela que de tudo que ouvi dela a parte mais difícil
foi essa história de se derreter). Nunca estoure, se precisar de algo que não
está acontecendo na relação, faça draminha, chameguinho, derreta-se feito
açúcar, mas nunca estoure. “Meu amor, estou tão cansada... você poderia me
ajudar com esta louça?” Mesmo sabendo que o preguiçoso folgado é que deveria
fazer. Se ele reclamar que tem coisa fora de lugar, diga toda derretida: “meu
amor, hoje estou tão cansada, mas prometo que amanhã vou dar um jeito em tudo
isso”. NOTA: essa parte de falar com carinho e gentileza (sem ser chameguenta)
juro que fazia no início de minha relação com meu marido, e nem era fingimento
porque sou boazinha, mas vocês não imaginam o quao grosso e egoísta o cara era.
Voces não imaginam... Gente... eu não consigo mais ser toda derretida assim... Já
estou de saco cheio. Na verdade acho que não curto essa história de
derretimento, não almejo ser assim... Nossa... nunca vou conseguir me derreter,
inclusive detesto gente chameguenta... Por que será? Mas calma... deve haver um
jeito de eu exercer o que ela está falando mas sem virar calda de açúcar.
Talvez eu precise mudar um pouco. Vou tentar... Deixa eu pensar um pouco em
como vou fazer isso... Em compensação, digo que já me senti mais feminina...
tive um namorado 10 anos mais velho que eu e era impressionante como ele
assumia o papel de homem na relação. Quando ele fazia isso, automaticamente eu
ficava no papel feminino – eu não tinha de brigar, o cara se adiantava e levava
o que era pesado, o lixo, perguntava o que precisava comprar, pedia pra eu
fazer a lista... Já se adiantava, era algo impressionante, notava o excesso de
trabalho e já aconselhava uma solução, como a contratação de alguém para ajudar...
Mas o cara era bem mais experiente... Também estou me lembrando de um namorado
bem mais novo que tive que ajudava em tudo – um dia chegou fora de hora em casa
e eu estava arrumando e limpando todas as prateleiras da cozinha: ele começou a
me ajudar, sem eu pedir. Sempre foi prestativo e atencioso. Eu era bem mais
calma ao lado deles... Bom, só estou tentando dizer que as pessoas com as quais
convivemos geram na gente padrões diferentes de comportamento. Meu pai sempre
reclamava de um irmão meu que nunca ajudava em nada. Com o passar do tempo,
ninguém mais em casa o procurava, ele virou um zero à esquerda para todos nós,
quase um peso em situações por exemplo de mudança ou viagem. Estávamos todos
cansamos de brigar com ele para ele ajudar até que o deixamos pra lá. Devia ser
bom pra ele – que ficou isolado e folgado. De forma velada, todos torciam o
nariz para ele – afinal todos nos sentíamos abusados em nome da folga dele. E
ninguém mais de nós tinha vontade de ajudá-lo nas causas dele... Não havia
troca. Até o dia que ele começou a mudar e ajudar. Então nós mudamos também com
ele. E passamos a ter um relacionamento de verdade, passamos a vê-lo como
alguém que sabe se doar.
4)
“Os homens não ajudam porque não são
capazes de notar o que têm de ser feitos. Eles até querem ajudar, mas não são
capazes... é uma incompetência deles”. Isso é verdade... tem até a história do
corpo caloso do cérebro... Mas os exemplos acima mostram que é possível mudar.
Eu acho que as mães erram muito... Criam os filhos para serem servidos pelas
suas esposas... Eu gosto de servir meu marido... mas trabalhar o dia inteiro é
outra coisa. Quando meu irmão ficou noivo (esse que não gostava de ajudar, o
zero à esquerda em serviços domésticos), minha mãe (no fundo a maior
responsável por ele ser folgado) chegou pra ele e disse que nenhuma mulher iria
aguentar um homem folgado e bagunceiro. E começou a ensiná-lo a lavar louça,
guardar as roupas, arrumar a cama, etc. Minha mãe sabe o que passou com meu
pai: neste ponto era idêntico a meu marido: não ajudava em nada, serviço
doméstico era serviço de mulher.
5)
A MAIS DIFÍCIL DE ACEITAR: numa relação a
mulher sempre entra com muito mais que os 50% que lhe são cabidos para dar uma vida boa
ao homem (carinho, roupa lavada, comida na mesa) enquanto ele vai se acomodar.
É assim mesmo. E é assim que se segura uma relação (isso tambem concordo que é
assim que se segura). E que desistir de uma faculdade por um relacionamento é a
coisa certa a fazer (esta parte não dá para concordar). E de quebra devo
arrumar um psicólogo ou fazer trabalhos manuais para dar conta da profunda
insatisfação que vou sentir por ter de desistir de meus sonhos. Mas nunca
demonstrar minha insatisfação aos homens. Reclamar só estraga tudo. Legal...
Pelo menos estou entendendo o quanto me distancio do que as mulheres têm que
fazer para manter suas relações.
...
...
...
Estou pensando em fazer terapia para tentar mudar de personalidade só
para ficar com meu marido...
6)
(extensão da 5) Se quiser sexo bom, depende
muito mais da mulher.
...
Acho apenas que minha cover se esqueceu de
contabilizar uma coisa: O que eu ganharia com o fim dessa relação? Moraria num apartamento
lindo e maravilhoso, poderia ficar um ano fora do pais estudando, poderia
cursar e terminar minha outra faculdade, poderia visitar minha família com mais
freqüência, ir ao salão e fazer tratamentos estéticos, viajar mais e passear
mais. Parece que ganho bastante. O que perderia: sentiria solidão e ficaria
procurando outro homem (afinal é o que fazemos não?) que poderia ter os mesmos
defeitos (ou pioreis) que os do meu marido. Fora que é difícil amar alguém. E
eu amo meu marido, disso eu sei. Adoro aquela peste. É... tenho que pensar...
Conselhos
à parte que a minha amiga me deu... Sobre sair sábado à noite... Eu expliquei
que sábado à noite é o dia do ápice de meu cansaço. Já meu marido dorme e
estuda o sábado todo então à noite, com sensação de missão cumprida (porque ele
estudou o dia todo) e com muita disposição, ele quer sair para a casa de
amigos. Ela entendeu meu lado... E me perguntou se eu tenho mesmo de ir... “não
vá”, ela disse. “E avise-o que você não vai mais sair ou receber pessoas aos
sábados à noite. Mas não brigue. Explique que aos sábados você se sente muito
cansada e não vá de jeito nenhum porque é seu momento de descanso, o único que
você tem na semana inteira. Quem sabe ele vá se tocar que se ele te ajudar um
pouco você irá então estar mais descansada e poderá sair com ele. Mas não brigue,
não reclame, não dê indiretas sobre ele te ajudar... apenas chega de se
sacrificar por ele, coloque limites” (olha... essa achei de gênio. Ponto máximo
para minha cover!!!).
Preciso
pensar muito mesmo.
Sabe o que está diferente desta vez que
brigamos? A dor do rompimento (que já estou sentindo) não parece maior do que a
do que sinto para ficar com ele. Está sendo muito difícil manter essa relação
estando tão chateada, magoada, cansada, sozinha, abrindo mão de tudo.
De qualquer forma, vou ver o
apartamento daqui a pouco.
Ladeira abaixo, rumo ao abismo...
Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
Friedrich NietzscheVi essa frase num filme há uns 15 anos, acho que era sobre um assassino.Aplica-se bem a minha rotina com meu marido. Estou igual a ele...Estamos nos desentendendo desde sábado. Sem muitos xingamentos e sem gritos e escândalos - na verdade tudo é extremamente escandaloso entre nós... talvez escândalos sem gritos... nao na opiniao de meu marido porque ele foi criado num ambiente terrível - ele era expulso de casa e chegou a viver de favor na casa de amigos... Então pra ele tudo o que acontece entre nós tem um caráter de normalidade, mas não pra mim - nossas brigas, além de todo o contexto de minha vida no momento (exceto meu trabalho) estão me matando de verdade mesmo. Bem, sei que estamos nos desentendendo desde sábado mas de uma forma muito mais séria. Fatal eu diria. Fatal... assuntos vieram a tona, e estes serão difíceis de serem esquecidos. Coisas que mudaram tudo. Mudaram mesmo.Continuando... Sábado à noite fomos convidados para ir a casa de amigos. Como sempre, estou caindo aos pedaços sábado já desde quando acordo, em razão do cansaço da semana. Imagine à noite... sempre peço a meu marido para não arrumarmos mais programas a noite porque não aguento mais mesmo, enquanto minha rotina não mudar. Aos sábados já levanto pedindo forças aos céus para dar conta dos afazeres. Fiz meus afazeres quase todos, até a roupa lavei toda, e deu tempo de secar, ainda bem porque domingo choveu e continua chovendo (hoje minha funcionária está lá e tem roupa para ela passar!). Sábado fiz as compras como de costume. Exceto que eu precisava de 2 litros de leite para fazer iogurte para meu marido - ele tem problema de colesterol e triglicérides e eu achei melhor tirar o pão da dieta dele, mesmo sendo integral porque ele come muito pão, ele adora. Já tem meses que não consigo controlar a quantia que ele come, não adianta falar, ele não resiste. Então conversei com ele sobre tirarmos o pão do café da manhã e incluir iogurte caseiro com granola, além das frutas e sucos naturais que sempre temos - assim ele não fica com fome de manhã. Por conta do iogurte pedi a ele pela manha que fosse comigo a padaria de carro trazer o leite - não tem lugar para estacionar então um de nós fica no carro. Já disse que moro numa cidade com uma dinâmica bem particular. Bem... ele disse que iria no final da tarde, fui lembrá-lo quase às 18h00 e ainda tinha que passar na lavanderia para pegar um cobertor e levar outro. Ele foi ríspido, disse sobre fazermos tudo isso no dia seguinte (mas a lavanderia não abre e eu queria o iogurte para o café da manha de domingo). Como eu já estou de fato sem paciência com a pouca ajuda que ele me dá, fora as conversas todas em vao que ja tivemos a este respeito, fiquei brava e decidi que ia sozinha. Mas falei pra ele que de ônibus eu ia levar no mínimo 1hora e meia para fazer isso (de carro com ele uns 30 minutos) e que eu não iria mais no jantar. Eu ja nao queria ir mesmo, eu falei que nao queria ja desde a sexta-feira, porque sabado a noite estou sempre cansada, exausta na verdade. Eu nao tenho vontade de me arrumar, de sair, de fazer cara boa as pessoas. Isso nao é uma simples decisao de não querer fazer cara boa, é uma impossibilidade: estou chegando a pontos extremos de cansaço e eu não consigo sequer ficar de olhos abertos. Quero deixar muito enfatizado: eu nao consigo ser agradavel mais, porque ja acordei de manha pra lá de cansada, eu nao aguento ir a uma aula que tenho sabado pela manhã... que sei que preciso e pago por ela. Imagine a noite... Estou quase perdendo o controle como em Um Dia de Fúria... Só que ninguem acredita o quanto estou cansada. Ja falei até para amigos, mas principalmente meu marido ignora, acha que é manha de mulher. Eu me sinto extremamente só, uma pessoa precisando de ajuda de forma imediata que inclusive fala como se sente, mas nada acontece... Neste descontrole todo, sentindo-me mais uma vez só e desamparada por meu marido, e já de saco cheio (mesmo)... liguei pra desmarcar o compromisso, só a minha parte. Se ele quisesse, ele iria. Mas como ninguem atendeu, liguei para minha outra amiga (essa que considero quase uma irmã) e que tb estava convidada ao jantar, e ia avisa-la que eu nao iria, para ela avisar a outra por favor. Eu tinha de dar o recada naquele momento porque eu sairia para a rua e so chegaria depois do horario do jantar, e avisar neste momento seria uma falta de educacao tremenda. Sei que falei pra minha amiga que estava muito cansada pra ir e que meu marido ficou de ajudar e depois voltou atras. Falei bem chateada, ela sabe em parte o estilo de vida que levamos, mas parei de falar a ela sobre minha vida desde que abri o blog: alias abri pra isso, para extravasar sem ter de reclamar com ninguem. Bom, ele ouviu (nao fiz escondido), ficou bravo pra caramba e dizendo aquelas coisas que sempre diz: que catou os cocôs do cachorro e cuidou das plantas. E mediu o telhado com um pedreiro (isso eu nao sabia). Fez tudo pela manha. Depois dormiu e estudou a tarde toda. Bom... sei que sai e fui levar um cobertor e buscar o outro a pe (a cachorra fez xixi nele). Ele até me chamou quando eu já estava no portao, mas sinceramente nao ouvi.Quando voltei ele decidiu que ia a padaria, e eu ficaria para terminar a roupa. Foi bom, terminei mesmo. Nao sei como ele conseguiu parar o carro, mas ele é bem melhor nisso que eu, estaciona em qualquer vaga. Bom, sei que a noite acabei estourando na casa da menina... Nao xinguei, nao gritei, nao falei alto... So desabei. Falei o quanto eu me sentia cansada e o quanto era difícil me manter alegre ali quando me sinto oprimida a ponto de nao conseguir mais respirar. Eu via todos conversando e bem, e eu cheia de problemas, infeliz, cansada, querendo ficar sozinha e ainda assim tentando fazer a todo custo uma cara boa. A todo custo.Por 2 vezes tinha tentado engolir o choro. Ali. Sim, exaustao a ponto de chorar. Alguém já se sentiu tao cansado a ponto de querer chorar? Depois, como sempre acontece, meu marido nao me deixa falar quando estamos em reunioes. É praxe. E é extremamente desagradável. Fora que nao conseguimos participar de uma conversa entre amigos, porque sempre discordamos um do outro. Eu ja sei disso e sempre que saio já me concentro antes de chegar ao local que nao devo falar, porque se eu tentar ele vai me interromper e aos sabados (como sempre estou de saco cheio) a chance de eu estourar é maior. Portanto sair para mim nao eh diversao... Juro que é sempre assim, em todas as vezes que saímos aos sábados entre amigos eu cheguei em casa preferindo não ter ido, mas quase sempre consigo passar a imagem de que tudo está bem e que adorei! Voltando ao meu marido: ele interrompe todo mundo, mas quando é comigo, a coisa é sem moderacao: porque sou de casa ne? Infelizmente sabado eu estava falando e ele me interrompeu todo o tempo do mundo. Eu continuei de proposito e ele tambem. Ai me passou pela cabeca que tenho um belo babaca a meu lado. E que estou de saco cheio de quase tudo que venha desse cara. Na verdade ele nao parou de falar porque ja saiu de casa bravo por conta da briga. Entao veja que complicado: 1) eu moro numa casa que me representa problema diário = pressão e mais pressão; 2) pressão no trabalho; 3) pressão do dia-a-dia - dormimos pouco = cansaço; 4) excesso de afazeres aos finais de semana (e para piorar, fico assistindo meu marido descansar e estudar o final de semana inteiro enquanto trabalho para dar conta de uma casa de 200m2 que é da vontade dele); 5) brigamos sabado por conta de servico domestico (praxe ha 3 anos e até hoje nao houve solucoes); 6) meu cansaço extremo todo sabado a noite (de meu marido nao, porque o sabado dele é sempre tranquilo fora que ele só faz o que ele gosta); 7) ele estava bravo por conta da briga e eu extremamente chateada porque mais uma vez estou nesta merda de final de semana (juro: sexta a noite ja fico em tensao porque dia seguinte é sabado; e toda segunda sinto alivio porque sai daquela maldicao que é aquela casa); 8) estourei na casa de amigos, ainda como reflexo da briga por afazeres que tivemos 2 horas antes); 9) eu sou culpada, eu sou descontrolada... nossa... Bom, para piorar (ah, essa foi demais)... depois da confusao e do ENORME constrangimento, ele resolveu que iriamos até a casa dessa minha amiga irma - ela estava junto e era so deixa-la lá, mas ele quis entrar... Gente... Eu pedindo pra ir pra casa... TUDO O QUE EU QUERO E PRECISO DE SABADO A NOITE É FICAR SOZINHA. PRECISO DESCANSAR E ME RECUPERAR DO CANSAÇO DA SEMANA E DO EXCESSO DE TRABALHO DO SABADO. SE JÁ ESTOUREI NA CASA DE UMA É ÓBVIO QUE VOU ESTOURAR NA DA OUTRA, PORQUE ESTOU DESCONTROLADA. Preciso ficar sozinha pra me recompor. Pelo amor de Deus... Na casa de minha amiga-irma consegui me segurar por 1 hora. Mas ele nao ia embora... e eu nao aguentei de novo... Ja era 1 da manha... eu mais cansada ainda... Eu nao estourei de gritos, mas falei um monte de coisa que está engasgado. Era tudo verdade, nada foi pra ofender... Apenas pendencias que meu marido nao resolve comigo há mais de 2 anos. Já pedi terapia pra meu marido desde julho, terapia de casal. Porque sei como me sinto, sei que estou mal, que nao aguento mais essa relacao com todos esses frequentes vicios de comportamento. Que para mim está por um fio. E um jogando a culpa para outro sem nada ser resolvido. Chega disso. Mas é aquela coisa: os dois têm que querer. Bom, voltando a casa de minha amiga-irma... eu estourei porque estou exausta e perturbada, mas meu marido... O exemplar mistico! Como de praxe, ele resolveu se defender atacando e usando algo que ele sabe que vai me ferir. Ele conseguiu. Ou seja: em vez de ouvir o que eu tenho a dizer, e tentar de uma vez por todas ser competente e resolver nossos problemas no que compete a ele, ele resolve (como de praxe) jogar algo que nao vai solucionar nada so para me atingir e punir. Ele acha que os problemas que tenho com ele sao arrumados por mim para o atingir... eu sei la o que ele acha, so sei que ele nunca resolve nada. Mas ataca para ofender... so sabe atacar, de forma que ja estou tao machucada por ele que so consigo pensar em ir embora, porque nao da para haver entendimento com alguem assim. Passei o domingo chorando. Sai para decidir o que ia fazer. E decidi que vou sair de casa definitivamente. Depois cheguei em casa e ele foi bacana mas eu nao consigo mais acreditar na gente - eu estava certa porque hoje pela manha foi uma droga - brigamos feio a caminho do servico. O que ele falou no sabado... Ele mudou o rumo de tudo. Agora de fato me sinto sobrando nesta casa e na vida deste cara. Problemas demais para eu resolver, eu nao tenho culpa. Vou ver um apartamento hoje no final da tarde, ja marquei hora na imobiliara, e se Deus quiser vou adora-lo!
E quarta-feira comprei passagem para ir ver minha familia - mas meu chefe agora ha pouco me pediu pra fazer uma apresentacao na quinta... Nossa.... eu ainda nao dei resposta.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Depois do descanso, a energia!
Depois de uns dias (feriados especiais) volto ao trabalho. Dormi melhor e muito por dias seguidos - aliás, uma das coisas que mais gosto é dormir (talvez por fuga?).
Hoje o trabalho está fluindo maravilhosamente. Sinto-me inteira, minha mente alerta e com pensamentos limpos, estou serena, forte, segura. Tudo de bom!
Estou me sentindo tão bem desde quinta-feira que nem acredito! E olha que esfriou bem na sexta e sábado e mesmo assim meu humor e paz de espírito continuaram excelentes!
Tudo isso está me levando a crer que todos os meus problemas não passam de estresse.
Voltando ao trabalho...
Hoje o trabalho está fluindo maravilhosamente. Sinto-me inteira, minha mente alerta e com pensamentos limpos, estou serena, forte, segura. Tudo de bom!
Estou me sentindo tão bem desde quinta-feira que nem acredito! E olha que esfriou bem na sexta e sábado e mesmo assim meu humor e paz de espírito continuaram excelentes!
Tudo isso está me levando a crer que todos os meus problemas não passam de estresse.
Voltando ao trabalho...
sábado, 22 de outubro de 2011
Reflexões acerca de relacionamentos
Voltando à história dos corpos para serem devorados (continuação do comentário ao Fábio)... Não é só devorar que conta, os homens têm que comer as criaturas e contar para os amigos. Pois o numero de mulheres "comidas" conta ponto entre os amigos.
Que ridículo.
Acho tudo tão fútil. Sinceramente...
Conheci apenas 2 homens diferentes deste contexto, com o segundo fiquei quase 10 anos. Infelizmente nunca o amei e ele era bem devagar para trabalhar, além de outros defeitos graves (delitos mesmo).
De todos que namorei, meu marido, no meu conceito e neste sentido de futilidade para escolher mulheres, foi o pior deles. Isto vai ser eternamente um problema para mim, porque minha vida inteira (desde menina) senti desprezo por esse tipo de homem clichê, que só é capaz de pensar com a cabeça de baixo. Eu não sei o que acho pior: se o cara querer comer todas com quem ele encontra, ou se é o fato dele precisar disto para se sentir homem e ganhar ponto no mundo masculino. Ainda ter este comportamento por um tempinho vá lá, mas por 20 anos??) OBS.: Se tenho esses conceitos, devo a meu pai e ao exemplo que ele me deu, pois foi o homem mais sério e fantástico que conheci. E teve muitos problemas de relacionamento com minha mãe, acho que ele não foi feliz, mas passou por este mundo sem nunca ter nos envergonhado, aliás, só nos encheu de orgulho e bons ensinamentos. Mas meu pai é outra história.
Voltando... Esta parte sobre meu marido me enoja, nunca digo isso a ele, mas às vezes, quando me lembro de como ele escolheu viver, tenho nojo. Se hoje em dia ele mostrasse claramente que pensa diferente das escolhas que fez... mas não. Ele acha que é uma etapa importante na vida do homem (gostaria de saber o que eles aprendem nesta etapa... porque nem sexo direito eles aprendem a fazer... bem... talvez aprendem como serem idiotas nas mãos de mulheres fúteis).
Para ser sincera, às vezes não acho justo o que a vida faz com as mulheres corretas. Eu sou uma delas (pode parecer arrogante de minha parte, mas não tenho mais idade para falsa modéstia, e sei muito bem quem sou, afinal, sou responsável pelas minha escolhas). Em geral mulheres corretas gastam a vida sendo boas alunas para depois se tornarem boas profissionais. E não precisamos mais de homens que nos sustentem. E em geral, dado a nossa difícil jornada de ascensão profissional, vamos estar disponíveis mais tarde para o casamento, perto dos 30. Nesta faixa encontramos homens de 35-45, às vezes já divorciados e com filhos, mas maduros: e em geral eles sabem dar valor ao tipo de mulher que eu sou (já aprenderam bastante com os erros), e querem algo sério. Ponto para nós? Em termos... Saímos ganhando por termos enfim homens maduros? Não sei ainda... nem sei ainda se são tão maduros...
Eles passaram quase 20 anos se relacionando com patricinhas, boazudas, mulheres de academia... para depois concluírem (finalmente!) que esse tipo de mulher não aguenta os trancos da vida e de uma relação, nem sequer desenvolveram inteligência suficiente para superar obstáculos.
Aí encontram mulheres do meu tipo e resolvem que conosco é possível construir uma vida. Legal, casamos! Só que eles trazem uma série de hábitos e vícios, um ranço enorme: por exemplo ficam achando que estamos interessadas no dinheiro deles (muitas vezes ganhamos mais que eles!), não querem pagar conta de restaurante para não nos acostumarmos mal (no meu conceito isso é gentileza, e costumo praticá-la também pagando outras coisas a eles incluindo jantares surpresa), ficam querendo nos encontrar perfeitas e cheirosas quando chegam em casa (esquecem-se que também trabalhamos e chegamos tarde e que nem sempre temos tempo pra salão... embora gostaríamos de ter)... querem que sejamos submissas às idéias malucas e infantis deles como prova de sei lá o quê... E sabe ainda o que é pior de tudo isso? É que em vez de os caras aprenderem a fazer sexo (já que tiveram tantas parceiras, não seria o óbvio?), parece que desaprendem. Eu tenho uma teoria para isso.: acho que deve ser horrível você transar com alguém que acabou de conhecer. A única coisa boa é que a excitação deve ser maior, mas ninguém consegue se sentir íntimo de alguém que acabou de conhecer. Ter intimidades é diferente de ser íntimo. Imagine isso repetidas vezes: sair com pessoas que acabou de conhecer e que nem quer ver de novo... o cara deve desenvolver uma frieza e egoísmo muito grandes pra dar conta disso, pois acho que ele estará bastante interessado em ter o prazer dele, e também dar a ela mas por uma questão de performance marqueteira (ela tem que falar bem dele para as amigas... o ego dele vai às alturas e ainda por cima aumenta a chance dele pegar as amigas...). Ou seja... é muito diferente do cara que transou na vida muitas vezes mas com poucas parceiras (= relacionamentos longos). Esse cara tem outra maturidade sexual, aprendeu a receber e dar prazer passando também pelo afeto. É uma pessoa muito mais generosa, muito mais divertida (não precisa de máscaras), fica mais à vontade na cama - acho que porque o afeto aproxima muito duas pessoas sem necessidade de tanto artificialismo...
Pensando em tudo isso... Às vezes me pergunto como eu educaria uma filha, caso a tivesse. Às vezes acho mesmo melhor não ter.
Tem uma coisa que acho interessante hoje em dia: é que as mulheres também estão fúteis, querem homens bonitões só para usar. E trocam e traem com uma facilidade incrível. Tem muito homem assustado, e fico com pena dos que querem algo sério, porque a coisa não tá fácil. Mas por outro lado, essa independência e libertinagem feminina têm uma importância social enorme: mostrar aos homens como é difícil travar convívio com valores tão fúteis e volúveis. Exatamente como muitos homens fizeram com nossas mães e avós... Como elas sofreram com as traições... e caladas, em nome da família.
Viva a independência feminina! Não aprovo o rumo que a sociedade está tomando, casamentos sendo desfeitos a toda hora... Apenas acho que a fase de libertinagem feminina está sendo muito educativa aos homens e quem sabe num futuro próximo as pessoas repensarao e voltarao para uma vida mais simples, menos glamourosa, menos falsa, e mais familiar?
Bom... meu marido veio me chamar... para irmos dormir... Veio tão bonitinho... com segundas intenções... acho que as coisas estão de fato mudando para melhor entre nós!!! Obrigada aos céus!!!
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Reforma: pintura no quarto e lavabo
Meu marido ontem falou sobre começarmos a reforma pelo lavabo. Adorei a idéia! Ele disse que assim vamos treinando e também achando uma boa mão-de-obra. Achei excelente a idéia e principalmente: inteligentíssima! Daí ele falou sobre pintarmos nosso quarto de dormir, porque assim nosso quarto ficaria bonito! Puxa!!!! Outra idéia fantástica!
Gostei mais ainda!!! Ele me surpreendeu demais com idéias tão boas!! Fácil, rápido e barato! E de efeito enorme!!!
Mas a questão da rotina massacrante do ano que vem continua em vigor e portanto continuo querendo me mudar daqui para um apartamento; lavado novo e quarto bonito não vão mais me segurar aqui enquanto nossa rotina continuar absurdamente massacrante de forma a afetar tanto meu trabalho. Hoje vou ver um apartamento. Eu tinha desistido mas como falei no post anterior: a decisão de meu marido sobre continuar acordando 4h30-5h00 da manhã no semestre que vem me fez mudar de idéia. Tomara que a chuva diminua.
Gostei mais ainda!!! Ele me surpreendeu demais com idéias tão boas!! Fácil, rápido e barato! E de efeito enorme!!!
Mas a questão da rotina massacrante do ano que vem continua em vigor e portanto continuo querendo me mudar daqui para um apartamento; lavado novo e quarto bonito não vão mais me segurar aqui enquanto nossa rotina continuar absurdamente massacrante de forma a afetar tanto meu trabalho. Hoje vou ver um apartamento. Eu tinha desistido mas como falei no post anterior: a decisão de meu marido sobre continuar acordando 4h30-5h00 da manhã no semestre que vem me fez mudar de idéia. Tomara que a chuva diminua.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Na mesma?
Bom, dormi num dos melhores quartos de hotel que já experimentei, daria o terceiro lugar. Já dormi em vários hotéis nos últimos 13 anos por conta de meu trabalho. Sempre a trabalho...
O quarto era enorme e novinho, recém-reformado. O chão era de tacos raspados, sem brilho algum, até parecia sem sinteco. Lindo!!! Uma cama de casal alta e fofa, maravilhosa! O banheiro era pequeno mas novinho. Bege. E que banho bom, bem quentinho! Dormi me sentindo desoprimida", talvez por conta do tamanho enorme do quarto, meus problemas pareciam pequenos. E também por ser tudo tão limpo e clean - não havia nada em que o olho "enroscasse". Um quarto despoluído, cristalino! Um banho de cachoeira na minha ansiedade, levou tudo de ruim embora.
Acordei e a sala de café era muito bonitinha. E o café da manhã muito bom! Chovia bastante (o que fez meu sono melhor à noite). E quando saí do hotel cedo ainda chovia - estava tão bem que até o dia cinza me agradou! Eu estava leve! Saí para resolver uns assuntos (depois voltei e aproveitei mais um pouco do hotel), e as lojas estavam abrindo. Foi muito legal, pois os donos de lojas vizinhas se cumprimentavam e riam. Alguns comentavam as notícias do jornal. Pessoas bonitas e divertidas!
Daí voltei pra casa e conversei com meu marido (detalhe: entrei em casa e tudo de ruim e opressor voltou... a casa parecia mais feia de decadente...) Antes havia ido procurar apartamento, achei duas coisas interessantes, mas ainda não os vi - as chaves não estavam disponíveis, só amanhã. Voltei pra casa e conversei com meu marido. Tadinho, fiquei com remorso de ter brigado com ele. Ele colaborou com as compras, foi uma gracinha. E depois ainda me deu um aparelho de escalda pés!!!!!! AMEI!!!!! E assistimos a um filme a noite enquanto eu ficava com o pé lá. O aparelho ainda faz uma vibração leve que relaxa mais ainda! Muito bom! Domingo fomos a um almoço especial - gostei muito. Mas é verdade que estou muito sem vontade de ter esperanças quanto a nossa relação, não adianta presentes e um domingo bom a cada 3 meses... nossa relação precisa ser completamente reavaliada, meu papel dentro dela está comprometendo demais todo o andamento de minha vida. Já me frustei bastante em muito pouco tempo. E também é verdade que as questões mal-resolvidas chegaram a um nível de solidez que hoje levo meus problemas, frustrações e atribulações a qualquer lugar que vamos, não consigo mais me desvencilhar deles, mesmo que estejamos num lugar de diversão... (só no hotel realmente me esqueci de tudo, foi como sair do corpo!). E acabei fazendo um comentário mal-educado quando me perguntaram, nesse almoço, sobre a casa... eu disse que não gostava de morar nela. Falei a verdade, meu marido sabe que é assim, mas ficou chateado e triste (por que?? Ele sabe do quanto me desagrada tudo na casa). Não gostei de deixá-lo triste, mas também não gosto quando ele faz de conta que estou bem na casa. Seria tão mais fácil se em vez dele ficar triste, ele tentasse arrumar uma saída usando a lógica e a inteligência. Eu em geral não gosto de atitudes "faz de conta", só pioram tudo porque o problema nunca é atacado de frente, e sim sempre mascarado. Depois do almoço fomos a uma loja enorme de material de construção! Outro presente maravilhoso que meu marido me deu, porque adoro loja de material de construção - já nasci gostando. Bom... mas fui lá para cotar e definir revestimentos para a reforma da casa. Isso de fato aconteceu - tudo está ficando bem decidido, mas um problema: o azulejo mudou de 15 reais o m2 para R$ 35,00... Vi novamente o orçamento aumentar. Que aperto no peito... Fui lá justamente para tentar diminuir...
Daí, depois da casa de materiais de construção meu marido me levou para comer lanche!! Não sei o que está dando nele, nunca fez isso... Acho que foi o final de semana que mais passeamos até hoje.
Ele está começando a derreter meu coração de novo... Não sei se isso é bom ou ruim. Atualmente tenho muito o pé atrás com ele, como disse: já me frustrei bastante. Não quero me enganar, ele está tolhendo demais minha vida, arrastou-a a um nível absurdo de insatisfação de minha parte e isto tem que mudar, e não ser mascarado.
Hoje ele fez mais uma coisa impressionante: ofereceu ajuda a uma pessoa com muita generosidade. Puxa... Até acho que a generosidade dele vai nos custar caro - e pior: vai nos custar o sossego. Mas generosidade é uma coisa que não costumo ver nele. Sinal de mudança?
Mas... eu briguei com ele. De novo. E de novo qual o motivo?????????
A casa... Quero evitar chamá-la de mald...
Estou com preguiça de contar tudo, foi por conta da reforma. Tive até taquicardia hoje só de pensar nessa reforma... chego a ficar trêmula, parece que vou desmaiar, é bem ruim. E minha cabeça dói de um jeito diferente, parece que fica pressionada e que vai explodir - é uma dor física, mas diferente da dor de cabeça comum. Variações de pressão. Tudo porque estou preocupada com o valor dos gastos. Daí entrei em pânico de novo com essa história de reforma: o dinheiro e a sujeira, fora que estaremos morando na casa enquanto a reforma acontece. E voltei a pensar em alugar um apartamento. Meu marido consentiu. No início não achei legal vivermos separados, tenho uma idéia muito diferente do que seja relacionamento, mas depois reconsiderei a hipótese... isso porque teve outro fator decisivo: ele me disse que semestre que vem vai ter de provavelmente acordar 4h30 da manhã 4 vezes por semana. E eu tenho meu curso no semestre que vem, invariavelmente (já parei este). E provavelmente por 3 dias na semana irei dormir mais de 23 horas. PÁRA TUDO.
Não aguento mais um semestre assim...
Aguento esse ritmo de 30 a 40 dias, não mais que isso. Viro um lixo humano, meu rendimento no trabalho diminui absurdamente, e não acho justo meu marido fazer isso comigo. Ele não está mais sozinho, e a rotina de um afetam o outro, ele ainda não sacou isso. Outro dia um senhor me falou que não faz hora extra porque gosta de ficar com a família, a mulher e a filha... Ele disse que para ele o que ele ganha com as horas extras não compensa o tempo que perde com a família; ele é evangélico, e disse que as duas (mulher e filha) ficam falando sem parar com ele quando ele chega, animadas, compartilhando tudo do dia. Ele disse que adora isso. Plantou, colheu. Já eu e meu marido... Meu marido usa meus ombros de apoio para ir mais longe... Só que nunca consenti. Eu acho que ele poderia distribuir melhor estes horários, a fim de não sobrecarregar tanto para mim. Mas ele NUNCA considera isso, ele quer acabar o curso dele custe o que custar, passando por cima da saúde de quem ele tiver de passar. Ele sabe que não aguento isso, mas só pensa nele. Já faz 1 ano que levamos uma vida dessas, parei o curso por conta disso e dos afazeres domésticos nos finais de semana. Neste ponto ele está sendo bem egoísta, até um trabalho que tínhamos em comum ele deixou para poder fazer outro que irá beneficiar apenas a ele. Já vi que não posso contar com ele. Ele não tem senso de comprometimento comigo. Idem com a história da casa: ele sabia que eu não queria me mudar para ela, mas insistiu e disse que tudo ia mudar. Em 1 ano o pouco que mudou foi porque eu investi aqui e os vizinhos nos emprestaram algumas coisas (como uma cama); a única melhoria que ele fez foi cuidar do chuveiro. Eu vi armários de cozinha, guarda-roupas, rack, troquei o estofado de 2 sofás velhos, comprei estantes para os livros dele, e ainda arrumei um sofá lindo por um excelente preço - até ele gostou! Foram dias e dias de pernas nas ruas para encontrar os móveis adequados. Eu não vou dizer que gostei de procurar os móveis porque fico nervosa com os gastos, e com o tempo que gastei nisso tudo. Preferia investir meu dinheiro em fundos de investimento, tratamentos estéticos, viagens.
A vida de meu marido está saindo como ele planejou e almejou, mas não a minha, e não posso mais ficar refém dele ou do casamento, nem que eu quisesse, pois está afetando muito meu trabalho. Não posso me destruir por conta da obsessão dele. Vou dar mais uma chance a ele, caso ele continue insistindo em rotinas massacrantes para mim de forma a destruir meu rendimento no meu trabalho ou de forma a me obrigar a abandonar meu curso de novo... sinto muito. Mas companheirismo é uma troca. Está na hora dele se doar também. Ele tem priorizado os ideais dele em detrimento de nosso relacionamento... Faz 3 anos... Ele tem opções de fazer diferente, mas é turrão. Está me obrigando a fazer o mesmo, a priorizar minha vida, porque meu trabalho é sagrado e o preço que tenho pago pelo convívio com ele tem sido o baixo rendimento/cansaço; então para render mais vou ter de ficar longe dele? É o único jeito. Ele não tem direito de destruir tanto minha vida como está fazendo. O engraçado é que falo isso pra ele e ele não concorda. Nunca lidei com alguém tão cego. Ele até parece achar que mulher gosta mesmo é de cuidar de casa, marido, de cachorro e filhos, e que trabalhamos fora por obrigação (e não opção de vida). Para ele, já está excelente para uma mulher cuidar de uma casa e de um marido. Gastar tempo e preocupar-me com reforma, escolher materiais, para ele, é uma vida boa que ele está me dando, porque como mulher devo gostar disso, afinal mulher gosta de enfeitar (até é verdade, mas enfeitar é uma coisa e reformar é outra). E depois: não gosto de passar horas enfeitando, não sou deste tipo. Mesmo que você diga, afirme categoricamente, que você gostaria de por exemplo viajar, ele tem uma pre-concepção do que é bom para uma mulher e vai te impor.
Ele é bem difícil de convívio, foi a pessoa que conheci que mais me tolheu. Aliás, nunca convivi com absolutamente ninguém que me tolhesse. Uma coisa é você ter alguém inteligente a seu lado que te dê conselhos; outra é você ter alguém que dá pitacos desgovernados, e ainda te tolhe, quer te encaixar no que ele decidiu ser bom para você. Ele exige do outro tudo, até o sangue, mas ele mesmo faz muito pouco. Ele acha que faz muito, a questão é que faz na direção que ele acha boa, como se eu fosse alguém sem personalidade e condições de saber o que é bom para mim. Já são 3 anos assim... Eu diria que é o pior defeito dele, talvez um dos piores num ser humano, e está tornando insustentável minha relação com ele: ele me usar tanto, sugar-me as energias até secar e me adoecer e depois fazer de conta que não tem nada com isso... E o duro que ele realmente acredita nisso: que não fez nada ao outro, só ajudou. É muito bitolado em se tratando de relação humana, muito travado, além de péssimo observador. Não sei se se trata de uma dificuldade extrema de enxergar o que é bom para o outro, ou de egoísmo e comodismo. Ele fala que me dá a maior força para eu voltar pro curso... eu acho isso tão engraçado (e mais uma vez uma forma que ele tem de mentir a si próprio) porque parece político falando: "ah, eu quero que você tenha tudo o de melhor", mas não dá condições, na verdade até tira as boas condições já existentes.
Pois é... abri o blog para desabafar sobre meu marido, entre outras coisas. Quero fazer uma análise cuidadosa do dia-a-dia, dos erros e acertos desta relação. E é impressionante como continuo lendo e concordando com tudo o que escrevi a respeito de meu marido. Ele parece que tem mudado...
Vamos ver como isso vai ficar, o futuro de nosso relacionamento vai depender quase exclusivamente das decisões que ele vai tomar. Se for uma, eu fico; se for outra, vou alugar um apartamento. Se eu alugar o apartamento, perderemos dinheiro que poderia ser usado para a reforma (esta é a parte que mais está me incomodando); em compensação ganho qualidade de vida, novamente autonomia sobre minha vida e condições de alavancar meu trabalho e curso de novo já que vou poder dormir bem e concentrar forças, livrando-me da rotina esmagadora que ele já me impõe há 1 ano. Se eu decidir agir de forma individualista (seguindo o exemplo dele), tenho muito mais a ganhar. Talvez isso abale profundamente minha relação com ele, pelo menos da minha parte (para ele não, ele não tem noção do que seja uma relação, aceita qualquer coisa) mas sinceramente: continuo achando que só eu invisto nela. Se for este o caso, melhor acabar mesmo. Está nas mãos dele. Estou bem cansada do quanto essa relação está me tirando.
O quarto era enorme e novinho, recém-reformado. O chão era de tacos raspados, sem brilho algum, até parecia sem sinteco. Lindo!!! Uma cama de casal alta e fofa, maravilhosa! O banheiro era pequeno mas novinho. Bege. E que banho bom, bem quentinho! Dormi me sentindo desoprimida", talvez por conta do tamanho enorme do quarto, meus problemas pareciam pequenos. E também por ser tudo tão limpo e clean - não havia nada em que o olho "enroscasse". Um quarto despoluído, cristalino! Um banho de cachoeira na minha ansiedade, levou tudo de ruim embora.
Acordei e a sala de café era muito bonitinha. E o café da manhã muito bom! Chovia bastante (o que fez meu sono melhor à noite). E quando saí do hotel cedo ainda chovia - estava tão bem que até o dia cinza me agradou! Eu estava leve! Saí para resolver uns assuntos (depois voltei e aproveitei mais um pouco do hotel), e as lojas estavam abrindo. Foi muito legal, pois os donos de lojas vizinhas se cumprimentavam e riam. Alguns comentavam as notícias do jornal. Pessoas bonitas e divertidas!
Daí voltei pra casa e conversei com meu marido (detalhe: entrei em casa e tudo de ruim e opressor voltou... a casa parecia mais feia de decadente...) Antes havia ido procurar apartamento, achei duas coisas interessantes, mas ainda não os vi - as chaves não estavam disponíveis, só amanhã. Voltei pra casa e conversei com meu marido. Tadinho, fiquei com remorso de ter brigado com ele. Ele colaborou com as compras, foi uma gracinha. E depois ainda me deu um aparelho de escalda pés!!!!!! AMEI!!!!! E assistimos a um filme a noite enquanto eu ficava com o pé lá. O aparelho ainda faz uma vibração leve que relaxa mais ainda! Muito bom! Domingo fomos a um almoço especial - gostei muito. Mas é verdade que estou muito sem vontade de ter esperanças quanto a nossa relação, não adianta presentes e um domingo bom a cada 3 meses... nossa relação precisa ser completamente reavaliada, meu papel dentro dela está comprometendo demais todo o andamento de minha vida. Já me frustei bastante em muito pouco tempo. E também é verdade que as questões mal-resolvidas chegaram a um nível de solidez que hoje levo meus problemas, frustrações e atribulações a qualquer lugar que vamos, não consigo mais me desvencilhar deles, mesmo que estejamos num lugar de diversão... (só no hotel realmente me esqueci de tudo, foi como sair do corpo!). E acabei fazendo um comentário mal-educado quando me perguntaram, nesse almoço, sobre a casa... eu disse que não gostava de morar nela. Falei a verdade, meu marido sabe que é assim, mas ficou chateado e triste (por que?? Ele sabe do quanto me desagrada tudo na casa). Não gostei de deixá-lo triste, mas também não gosto quando ele faz de conta que estou bem na casa. Seria tão mais fácil se em vez dele ficar triste, ele tentasse arrumar uma saída usando a lógica e a inteligência. Eu em geral não gosto de atitudes "faz de conta", só pioram tudo porque o problema nunca é atacado de frente, e sim sempre mascarado. Depois do almoço fomos a uma loja enorme de material de construção! Outro presente maravilhoso que meu marido me deu, porque adoro loja de material de construção - já nasci gostando. Bom... mas fui lá para cotar e definir revestimentos para a reforma da casa. Isso de fato aconteceu - tudo está ficando bem decidido, mas um problema: o azulejo mudou de 15 reais o m2 para R$ 35,00... Vi novamente o orçamento aumentar. Que aperto no peito... Fui lá justamente para tentar diminuir...
Daí, depois da casa de materiais de construção meu marido me levou para comer lanche!! Não sei o que está dando nele, nunca fez isso... Acho que foi o final de semana que mais passeamos até hoje.
Ele está começando a derreter meu coração de novo... Não sei se isso é bom ou ruim. Atualmente tenho muito o pé atrás com ele, como disse: já me frustrei bastante. Não quero me enganar, ele está tolhendo demais minha vida, arrastou-a a um nível absurdo de insatisfação de minha parte e isto tem que mudar, e não ser mascarado.
Hoje ele fez mais uma coisa impressionante: ofereceu ajuda a uma pessoa com muita generosidade. Puxa... Até acho que a generosidade dele vai nos custar caro - e pior: vai nos custar o sossego. Mas generosidade é uma coisa que não costumo ver nele. Sinal de mudança?
Mas... eu briguei com ele. De novo. E de novo qual o motivo?????????
A casa... Quero evitar chamá-la de mald...
Estou com preguiça de contar tudo, foi por conta da reforma. Tive até taquicardia hoje só de pensar nessa reforma... chego a ficar trêmula, parece que vou desmaiar, é bem ruim. E minha cabeça dói de um jeito diferente, parece que fica pressionada e que vai explodir - é uma dor física, mas diferente da dor de cabeça comum. Variações de pressão. Tudo porque estou preocupada com o valor dos gastos. Daí entrei em pânico de novo com essa história de reforma: o dinheiro e a sujeira, fora que estaremos morando na casa enquanto a reforma acontece. E voltei a pensar em alugar um apartamento. Meu marido consentiu. No início não achei legal vivermos separados, tenho uma idéia muito diferente do que seja relacionamento, mas depois reconsiderei a hipótese... isso porque teve outro fator decisivo: ele me disse que semestre que vem vai ter de provavelmente acordar 4h30 da manhã 4 vezes por semana. E eu tenho meu curso no semestre que vem, invariavelmente (já parei este). E provavelmente por 3 dias na semana irei dormir mais de 23 horas. PÁRA TUDO.
Não aguento mais um semestre assim...
Aguento esse ritmo de 30 a 40 dias, não mais que isso. Viro um lixo humano, meu rendimento no trabalho diminui absurdamente, e não acho justo meu marido fazer isso comigo. Ele não está mais sozinho, e a rotina de um afetam o outro, ele ainda não sacou isso. Outro dia um senhor me falou que não faz hora extra porque gosta de ficar com a família, a mulher e a filha... Ele disse que para ele o que ele ganha com as horas extras não compensa o tempo que perde com a família; ele é evangélico, e disse que as duas (mulher e filha) ficam falando sem parar com ele quando ele chega, animadas, compartilhando tudo do dia. Ele disse que adora isso. Plantou, colheu. Já eu e meu marido... Meu marido usa meus ombros de apoio para ir mais longe... Só que nunca consenti. Eu acho que ele poderia distribuir melhor estes horários, a fim de não sobrecarregar tanto para mim. Mas ele NUNCA considera isso, ele quer acabar o curso dele custe o que custar, passando por cima da saúde de quem ele tiver de passar. Ele sabe que não aguento isso, mas só pensa nele. Já faz 1 ano que levamos uma vida dessas, parei o curso por conta disso e dos afazeres domésticos nos finais de semana. Neste ponto ele está sendo bem egoísta, até um trabalho que tínhamos em comum ele deixou para poder fazer outro que irá beneficiar apenas a ele. Já vi que não posso contar com ele. Ele não tem senso de comprometimento comigo. Idem com a história da casa: ele sabia que eu não queria me mudar para ela, mas insistiu e disse que tudo ia mudar. Em 1 ano o pouco que mudou foi porque eu investi aqui e os vizinhos nos emprestaram algumas coisas (como uma cama); a única melhoria que ele fez foi cuidar do chuveiro. Eu vi armários de cozinha, guarda-roupas, rack, troquei o estofado de 2 sofás velhos, comprei estantes para os livros dele, e ainda arrumei um sofá lindo por um excelente preço - até ele gostou! Foram dias e dias de pernas nas ruas para encontrar os móveis adequados. Eu não vou dizer que gostei de procurar os móveis porque fico nervosa com os gastos, e com o tempo que gastei nisso tudo. Preferia investir meu dinheiro em fundos de investimento, tratamentos estéticos, viagens.
A vida de meu marido está saindo como ele planejou e almejou, mas não a minha, e não posso mais ficar refém dele ou do casamento, nem que eu quisesse, pois está afetando muito meu trabalho. Não posso me destruir por conta da obsessão dele. Vou dar mais uma chance a ele, caso ele continue insistindo em rotinas massacrantes para mim de forma a destruir meu rendimento no meu trabalho ou de forma a me obrigar a abandonar meu curso de novo... sinto muito. Mas companheirismo é uma troca. Está na hora dele se doar também. Ele tem priorizado os ideais dele em detrimento de nosso relacionamento... Faz 3 anos... Ele tem opções de fazer diferente, mas é turrão. Está me obrigando a fazer o mesmo, a priorizar minha vida, porque meu trabalho é sagrado e o preço que tenho pago pelo convívio com ele tem sido o baixo rendimento/cansaço; então para render mais vou ter de ficar longe dele? É o único jeito. Ele não tem direito de destruir tanto minha vida como está fazendo. O engraçado é que falo isso pra ele e ele não concorda. Nunca lidei com alguém tão cego. Ele até parece achar que mulher gosta mesmo é de cuidar de casa, marido, de cachorro e filhos, e que trabalhamos fora por obrigação (e não opção de vida). Para ele, já está excelente para uma mulher cuidar de uma casa e de um marido. Gastar tempo e preocupar-me com reforma, escolher materiais, para ele, é uma vida boa que ele está me dando, porque como mulher devo gostar disso, afinal mulher gosta de enfeitar (até é verdade, mas enfeitar é uma coisa e reformar é outra). E depois: não gosto de passar horas enfeitando, não sou deste tipo. Mesmo que você diga, afirme categoricamente, que você gostaria de por exemplo viajar, ele tem uma pre-concepção do que é bom para uma mulher e vai te impor.
Ele é bem difícil de convívio, foi a pessoa que conheci que mais me tolheu. Aliás, nunca convivi com absolutamente ninguém que me tolhesse. Uma coisa é você ter alguém inteligente a seu lado que te dê conselhos; outra é você ter alguém que dá pitacos desgovernados, e ainda te tolhe, quer te encaixar no que ele decidiu ser bom para você. Ele exige do outro tudo, até o sangue, mas ele mesmo faz muito pouco. Ele acha que faz muito, a questão é que faz na direção que ele acha boa, como se eu fosse alguém sem personalidade e condições de saber o que é bom para mim. Já são 3 anos assim... Eu diria que é o pior defeito dele, talvez um dos piores num ser humano, e está tornando insustentável minha relação com ele: ele me usar tanto, sugar-me as energias até secar e me adoecer e depois fazer de conta que não tem nada com isso... E o duro que ele realmente acredita nisso: que não fez nada ao outro, só ajudou. É muito bitolado em se tratando de relação humana, muito travado, além de péssimo observador. Não sei se se trata de uma dificuldade extrema de enxergar o que é bom para o outro, ou de egoísmo e comodismo. Ele fala que me dá a maior força para eu voltar pro curso... eu acho isso tão engraçado (e mais uma vez uma forma que ele tem de mentir a si próprio) porque parece político falando: "ah, eu quero que você tenha tudo o de melhor", mas não dá condições, na verdade até tira as boas condições já existentes.
Pois é... abri o blog para desabafar sobre meu marido, entre outras coisas. Quero fazer uma análise cuidadosa do dia-a-dia, dos erros e acertos desta relação. E é impressionante como continuo lendo e concordando com tudo o que escrevi a respeito de meu marido. Ele parece que tem mudado...
Vamos ver como isso vai ficar, o futuro de nosso relacionamento vai depender quase exclusivamente das decisões que ele vai tomar. Se for uma, eu fico; se for outra, vou alugar um apartamento. Se eu alugar o apartamento, perderemos dinheiro que poderia ser usado para a reforma (esta é a parte que mais está me incomodando); em compensação ganho qualidade de vida, novamente autonomia sobre minha vida e condições de alavancar meu trabalho e curso de novo já que vou poder dormir bem e concentrar forças, livrando-me da rotina esmagadora que ele já me impõe há 1 ano. Se eu decidir agir de forma individualista (seguindo o exemplo dele), tenho muito mais a ganhar. Talvez isso abale profundamente minha relação com ele, pelo menos da minha parte (para ele não, ele não tem noção do que seja uma relação, aceita qualquer coisa) mas sinceramente: continuo achando que só eu invisto nela. Se for este o caso, melhor acabar mesmo. Está nas mãos dele. Estou bem cansada do quanto essa relação está me tirando.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
(pessoal) Coragem para Mudar
Gostei muito destes texto.
Então é isso: tudo o que acontece na minha vida é responsabilidade minha. Então preciso reassumir o controle de minha vida, não deixar mais meu marido fazer dela o que quer e parar enfim de reclamar para poder ser feliz novamente! Isso vai custar meu casamento, mas... nem filho meu marido parece querer ter, pelo menos não demonstra. Quem sabe é a chance de encontrar alguém que me trate diferente e que queira formar uma família! Meu marido só pensa nele e no tempo dele. Foi o único homem que amei, mas o egoísmo dele está conseguindo me fazer sentir raiva dele. Quero passar longe de gente assim.
Tem um item abaixo: Faça aos outros aquilo que você gostaria que fizessem a você mesmo. Fiz isso por meu marido com todas as minhas forças. Mas ele não devolve nada, nem sequer reconhecimento, de vez em quando faz um agrado e acha que é assim que se vive uma relação: levando de vez em quando a esposa pra sair. No resto dos dias faz só o que ele quer, do jeito que ele quer.
http://mude.nu/mente/como-encontrar-coragem-para-mudar-de-vida/
Coragem para mudar
Como fazer então para sair da zona de conforto e começar a executar as mudanças que precisam ser feitas? O primeiro passo é não evitar ficar a só consigo mesmo. Passe alguns momentos sozinho, sem nenhuma distração ligada (isso inclui TV, rádio, internet, celular etc.). Tenha em mãos lápis e papel, um gravador de voz ou qualquer outra coisa que possa capturar pensamentos que venham a surgir.
A maioria de nós, no fundo, sabe o que nos deixa infelizes. Pode ser o trabalho insignificante, o relacionamento que não dá mais certo, a beleza que foi perdida com o tempo, a saúde precácia, a falta de dinheiro. Liste-os, seja sincero consigo mesmo.
Uma vez que você os tenha em mãos, pode começar a pensar em ações para mudar o que lhe insatisfaz e começar a fazer o que você acha que realmente vale a pena. O grande passo aqui será superar o medo, dominá-lo para ele não lhe paralise. Não tente eliminá-lo, pois isso é muito difícil. A coragem é a arte de dominar o medo.
Por onde começar
O que diferencia você das grandes figuras da humanidade? Das pessoas que realmente fazem a diferença? Sua mente é tão poderosa quanto a deles, basta ser treinada e você conseguirá muito do que quer para a sua vida. Pense grande e não se intimide com as dificuldades, pois elas existem apenas para separar quem realmente está comprometido com alguma coisa daqueles que apenas gostariam de ter aquela coisa.
Algumas dicas para começar a mudança de vida que você sempre quis:
- Entenda que tudo o que acontece na sua vida é responsabilidade sua. Tudo. Assuma o papel de protagonista e não de vítima.
- Sendo você o responsável por tudo, corte a reclamação de sua vida. Reclamar é a pior coisa que você pode fazer por você mesmo. Foque em encontrar soluções em vez de ficar simplesmente apontando problemas.
- Compreenda de uma vez por todas que a alimentação torna você o que você é. Passe a se alimentar com critério, nutrindo-se corretamente e não apenas enchendo a pança.
- Coloque na sua cabeça que exercícios físicos não são uma questão de opção e sim de obrigação. É impossível manter-se saudável ao longo dos anos sem praticá-los, então comece hoje mesmo, nem que seja com uma caminhada pelo quarteirão.
- Aprenda a descansar corretamente. É durante o sono que nosso corpo se recompõe. Tenha noites de sono tranqüilas e sua vida melhorará sensivelmente.
- Adquira o hábito da leitura. Os livros são a melhor fonte de conhecimento e você pode entrar em contato com as grandes mentes da humanidade simplesmente compreendendo-os.
- Anote todas as pendências fora de sua cabeça. Nossa mente não é o melhor lugar para deixar nossas pendências memorizadas. Isso gera estresse e confusão mental. Tenha o hábito de anotar suas pendências (projetos, tarefas, delegações, sonhos, metas) em um papel, em um software ou em qualquer lugar físico fora de sua cabeça.
- Organize suas finanças. Problemas com dinheiro é um dos maiores motivos de infelicidade da humanidade. Que outra razão nos levaria a ficar oito horas por dia, cinco dias por semana, fazendo algo de que não gostamos? Aprender a gastar menos do que ganha e a investir a diferença para adquirir independência financeira.
- Faça uma coisa de cada vez. Tentar resolver tudo ao mesmo tempo só vai deixá-lo frustrado. Da sua lista de problemas e aspirações, escolha uma e comece a trabalhar nela. Quando já estiver caminhando bem, passe para outra. Isso pode ser aplicado em tudo na sua vida. Se você tem dois focos, então não tem nenhum.
- Saiba o que você quer da vida. Identificar os problemas não basta. Além de saber o que você não quer, você precisa ter em mente o que quer da vida. Trace seu objetivo principal, defina-o em detalhes e corra atrás dos seus sonhos.
- Faça aos outros aquilo que você gostaria que fizessem a você mesmo. Essa é a regra de ouro para viver bem em sociedade e ser uma pessoa querida pelos demais. Note que não é para se limitar a não fazer aos outros o que gostaria que fizessem a você. É para fazerpelos outros.
Por fim, não deixe nada para amanhã. Hoje à noite você pode ter um ataque cardíaco, ou comer algo infectado com uma bactéria e morrer. Ou o lugar onde você mora pode ser atingido por um furacão, um tsunami, um terremoto, um ataque terrorista ou ser alvo de bandidos assassinos. O dia de amanhã não é uma certeza na sua vida, então é bom começar hoje. Sem desculpas, sem mais infelicidade. Apenas ouça aquela voz que sempre lhe diz a coisa certa a fazer.
(pessoal) Ao que tudo indica: chegou o fim de mais um ciclo
Estou num hotel, na mesma cidade em que moro com meu marido.
Por que? Porque nos desentendemos. Não de uma forma feia, com xingamentos e baixarias, mas de uma forma séria. Temos um problema que não será resolvido jamais de forma a agradar nós dois: a casa. Quem diria... uma casa conseguiu acabar com um casamento. Maldita casa...
Bem, eu tirei ontem e hoje de licença de meu trabalho, então fiquei em casa mais do que normalmente fico. E não gosto de ficar muito tempo dentro desta casa, não tem jeito. Há um ano é assim, por isso detesto meus domingos - prefiro ir trabalhar (às vezes vou) a ficar em casa. Meu marido gosta de ser servido, mas servi-lo não me incomodaria (ao contrário: daria-me prazer) não fosse a raiva que venho sentindo dele, mas por outro motivo: ele sabe que não estou bem ali, canso de falar com ele, mas ele ignora. Ele é daqueles (como a maioria dos homens) que vai empurrando a sujeira pra debaixo do tapete achando que ela vai desintegrar. Quando vai ver, já virou um monstro enorme que engole a todos.
Antes de conhecer meu marido eu morava num apartamento no centro de minha cidade, não tinha carro e nem queria, fazia tudo a pé de um jeito simples. O apartamento era fácil de cuidar, no começo eu mesma fazia tudo, até cuidava de toda a roupa. Um ano antes de conhecer meu marido arrumei uma pessoa para me ajudar, e que me fazia dois tipos de sopas por semana - para meu jantar.
Conheci meu marido e decidimos morar juntos depois de um tempo. Ele queria que eu fosse morar na kitinet que ele morava. Além de ser longe do centro, e num lugar sem nenhum comércio para nos abastecer, também não iria caber nada do que eu tinha - ele achava que deveríamos alugar um destes contêiners em que se deixam as coisas lá. Vou pular esta parte, nada do que ele me sugeria fazia sentido.
Sei que ele aceitou ir morar no meu apartamento, e combinamos que seria por um tempo limitado, pois ele não gostava dali. E eu sempre entendi o lado dele. Meses depois nos casamos e começamos a procurar outro lugar para viver. Eu procurava apartamentos para alugar no centro, pois meu curso é no centro e à noite, e termina tarde. Eu queria ficar próxima do centro, já que na nossa cidade chove muito, é fria, não há lugar para estacionar carro (nesta época já estávamos com carro) e meu marido nunca vai me buscar à noite, fez isso algumas vezes em 1 ano e meio - não mais que 10 (e ele adora valorizar essas 10 vezes! sendo que o curso fica não mais que 1,2 Km de distância de casa). Então nem eu tenho como ir de carro ao curso, nem meu marido vai me buscar e de ônibus demoraria bem mais sendo que eu queria chegar em casa o mais cedo possível porque por 3-4 vezes por semana levantamos às 5h00, às vezes mais cedo. Esta é uma cidade com um dinâmica bem estranha. Por tudo isso, eu queria continuar morando no centro, perto de meu curso. Mas meu marido começou a procurar casa para alugar - além dele preferir casa, ele queria ter cachorro. Eu também prefiro casa, mas não nesta cidade, e não queria cachorro - gosto mas não tenho tempo agora para cuidar de cachorro.
Casas aqui só fora do centro, por isso eu nao queria, além da inseguranca: há muitos assaltos a casas aqui. Mas ele não quis apartamento de jeito nenhum. E depois inventou que queria comprar uma casa, em vez de alugar. E a quantia que dispúnhamos para financiar era quase o valor de bananas nesta cidade. Eu achava impossível que achássemos a casa, era isso que me confortava: nunca achar a casa! Mas achamos! Em 3 meses, e próxima ao centro. Eu logo vi que era um bom negócio e disse a ele que achava que deveríamos comprá-la, mas eu nunca quis morar nela, pois precisava de muita reforma. Tenho cartas e emails escritos a ele (porque é impossível conversar com ele, ele fica nervoso), mas ele insiste que eu é que quis a casa. NÃO. Eu nem sequer queria sair de meu apartamento de origem, tudo isso eu disse a ele antes de fecharmos o negócio, antes até de procurarmos um imóvel... Não acho vantagem comprar casa agora pra reformar, com a vida intensa que levamos. Tudo o que falei pra ele acontece mas ele não enxerga: eu vivo reclamando porque a casa é bem maior do que precisamos (eu disse que aquela casa iria me escravizar, e eu viveria chateada nela reclamando o que estraga qualquer relacionamento), tenho de pagar mais por uma funcionária e ainda assim trabalho pra burro nesta casa, a manutenção é cara - está dando quase o que pagávamos de aluguel SÓ DE MANUTENÇÃO. Mas quando falo isso a ele... nem vale a pena. Parei meu curso neste semestre porque estudava aos finais de semana, mas agora meus finais de semana são só pra trabalhos domésticos. E ele acha lindo ter uma doméstica em casa! Nada contra, sempre fiz meus serviços domésticos, mas se matar por uma casa de 200 m2 é outra coisa... Parar um curso que é o sonho de minha vida.. para fazer serviço doméstico?? Que marido é esse? Em contrapartida, eu disse a ele antes de acharmos imóvel para morar que queria passear com ele, viajar... Nunca fiz isso na minha vida, agora que estou podendo fazer, ganhando um pouco melhor... Mas ele não quer, nem no dia de nosso casamento (só no civil) ele não quis dormir num hotel... Nada... Até a aliança que ele me deu... isso também não quero comentar, dói demais.
Gente... Não sei como fui cair nessa... Fora que ele não gosta de serviço doméstico, não ajuda em nada, passa os finais de semana dele estudando. E eu trabalhando... limpando, guardando, lavando roupa, preparando comida... e ficando triste. E o cara continua ali: sentado, estudando. Ele não quer uma esposa, quer uma faxineira. Juro por tudo o que vocês quiserem que é assim. Isso sem contar que tenho 1.55 m e 40 kgs, mesmo que eu quisesse meu físico não aguenta tanto.
Ele melhora em fases, mas melhora de um jeito errado: quarta-feira me levou pra jantar fora, quinta quis fazer amor (ah, também tem esta parte: fazemos menos de 1 vez por mês - ele anda muito cansado, no início eu procurava depois parei - a gente cansa de ser rejeitado ou de ter alguém transando forçado), mas hoje... tudo desandou de um tanto porque fui conversar com ele sobre sairmos para tomar chá... Quando a idéia nao parte dele, ele não aceita. Então você tem que ficar insistindo com ele, e ele faz corpo mole... eu disse que segunda iria voltar ao trabalho, gostaria de sair hoje - só um chá. Mas ele estava cansado e com dor no pescoço... Então falei pra ele (com jeito) que não gostaria de sair toda vez com ele contrariado, que achava que não deveria ser assim, sair deveria ser algo prazeroso. Ele é assim: ele me levou na churrascaria na quarta, então vai ficar falando disso por 3 meses, quando só então vai me levar pra outro lugar. Eu não quero ir a lugares caros, nem como muito, só quero sair um pouco: tomar um shopp de sexta à noite, ou tomar um sorvete, ou comer um lanche na praça, garapa com pastel... SÓ ISSO. Mas com mais freqüência, de forma que eu conseguisse sair da rotina trabalho fora, curso, trabalho doméstico. Eu passo minha vida inteira trancada em algum lugar, é de enlouquecer. Só quero me sentar numa mesa qualquer de um bar qualquer e sentir um pouco a vida, dar risada sem ter de me preocupar em servir os outros, ou preparar a comida, ou lavar a louça depois...
Não adianta.
Continuando a briga... ele foi grosseiro, e me deu uma louca de ir visitar minha família,aproveitar o resto dos dias que tirei de licença e fugir de meu final de semana ao lado de meu marido (porque já sei como será meu final de semana: trabalho doméstico e servi-lo em suas vontades), quando estou LOUCA para passear e espairecer um pouco. Passar um final de semana com meus irmãos e mãe onde todos se ajudam e se divertem é um prêmio!
Falei com minha mãe por telefone, e no fim acabei desabafando um monte de coisa. Ainda bem que fiz perto dele, assim não falei por trás. Todo o desabafo foi em relação a vida naquela casa e o quanto ela me custa. Nesta semana cotei o valor de nossa próxima reforma: será a parte dos quartos, dos 2 banheiros, pintura e sinteco, mais guarda-roupas embutidos. Vamos ficar 3 anos pagando por isso... E essa reforma só representa 1/3 da reforma total da casa. Ou seja: na melhor das hipóteses ficaremos 8 anos pagando por reformas numa casa que me mata de trabalhar. Serão 8 anos sem passeios, sem viagens, sem diversão... fora o estresse que a reforma traz. E detalhe: toda a reforma será feita conosco dentro da casa. Nossa...
Não mereço isso.
Falei estas coisas pra minha mãe, desabafei. Tentei conversar sobre isso na quarta com meu marido, mas ele não consegue conversar sobre o assunto: disse (na quarta) que eu o estava deixado nervoso... Pois é... tudo eu que resolvo, e nem sequer conversar com ele posso.
Sei que ele ficou nervoso porque falei com minha mãe de nossos problemas. Reconheço que é chato, não foi legal, mas juro a vocês: faz um ano que tento conversar com meu marido sobre os problemas que sinto e faz 1 ano que digo a minha mãe que vivo às mil maravilhas com meu marido. Ele não é capaz de resolver nada dentro de casa, nem de dar conta de nossa relação.
Falei pra ele se ele pretendia viver 8 anos (que fossem 4) apertadíssimos de dinheiro, sem nunca sairmos, passearmos, viajarmos... tudo para usar o dinheiro na reforma... falei que não queria essa vida pra mim, não casei pra isso - pra ser uma doméstica de luxo dele enquanto ele decola com a vida dele... falei dos gastos que temos só com a manutenção da casa... sei que ele estourou, disse que daquela casa não sai... então saio eu.
Tem mais um detalhe: ganho mais que ele e praticamente 80% do dinheiro da reforma está saindo do meu bolso. Em outras palavras: estou pagando pra ser empregada e infeliz.
Por isso digo: se meu marido se achasse um homem de sorte por me ter ao lado dele, ele acharia um jeito de mudar isso. Mas ele se acha um cara de sorte por ter aquela casa.
Desculpe aos céus por este desabafo, ninguém merece o que escrevi aqui.
Por tudo isso, já que não tem como falar com meu marido sobre minhas aflições e muito menos ele tem interesse em melhorar algo, decidi acabar com a relação. Espero encontrar logo um apto. para mim.
Imagino o que dá a entender de quem ler isso aqui: que meu marido tem uma amante, me usou para conseguir a casa e agora quer que eu saia para ele viver ali com ela. Vai ver é isso mesmo. Afeto comigo ele não demonstra. Nem preocupação, nem interesse nem nada. SÓ (juro de pé junto) se preocupa com o que ele vai comer, e em ficar livre o final de semana todo para ele estudar.
Por que? Porque nos desentendemos. Não de uma forma feia, com xingamentos e baixarias, mas de uma forma séria. Temos um problema que não será resolvido jamais de forma a agradar nós dois: a casa. Quem diria... uma casa conseguiu acabar com um casamento. Maldita casa...
Bem, eu tirei ontem e hoje de licença de meu trabalho, então fiquei em casa mais do que normalmente fico. E não gosto de ficar muito tempo dentro desta casa, não tem jeito. Há um ano é assim, por isso detesto meus domingos - prefiro ir trabalhar (às vezes vou) a ficar em casa. Meu marido gosta de ser servido, mas servi-lo não me incomodaria (ao contrário: daria-me prazer) não fosse a raiva que venho sentindo dele, mas por outro motivo: ele sabe que não estou bem ali, canso de falar com ele, mas ele ignora. Ele é daqueles (como a maioria dos homens) que vai empurrando a sujeira pra debaixo do tapete achando que ela vai desintegrar. Quando vai ver, já virou um monstro enorme que engole a todos.
Antes de conhecer meu marido eu morava num apartamento no centro de minha cidade, não tinha carro e nem queria, fazia tudo a pé de um jeito simples. O apartamento era fácil de cuidar, no começo eu mesma fazia tudo, até cuidava de toda a roupa. Um ano antes de conhecer meu marido arrumei uma pessoa para me ajudar, e que me fazia dois tipos de sopas por semana - para meu jantar.
Conheci meu marido e decidimos morar juntos depois de um tempo. Ele queria que eu fosse morar na kitinet que ele morava. Além de ser longe do centro, e num lugar sem nenhum comércio para nos abastecer, também não iria caber nada do que eu tinha - ele achava que deveríamos alugar um destes contêiners em que se deixam as coisas lá. Vou pular esta parte, nada do que ele me sugeria fazia sentido.
Sei que ele aceitou ir morar no meu apartamento, e combinamos que seria por um tempo limitado, pois ele não gostava dali. E eu sempre entendi o lado dele. Meses depois nos casamos e começamos a procurar outro lugar para viver. Eu procurava apartamentos para alugar no centro, pois meu curso é no centro e à noite, e termina tarde. Eu queria ficar próxima do centro, já que na nossa cidade chove muito, é fria, não há lugar para estacionar carro (nesta época já estávamos com carro) e meu marido nunca vai me buscar à noite, fez isso algumas vezes em 1 ano e meio - não mais que 10 (e ele adora valorizar essas 10 vezes! sendo que o curso fica não mais que 1,2 Km de distância de casa). Então nem eu tenho como ir de carro ao curso, nem meu marido vai me buscar e de ônibus demoraria bem mais sendo que eu queria chegar em casa o mais cedo possível porque por 3-4 vezes por semana levantamos às 5h00, às vezes mais cedo. Esta é uma cidade com um dinâmica bem estranha. Por tudo isso, eu queria continuar morando no centro, perto de meu curso. Mas meu marido começou a procurar casa para alugar - além dele preferir casa, ele queria ter cachorro. Eu também prefiro casa, mas não nesta cidade, e não queria cachorro - gosto mas não tenho tempo agora para cuidar de cachorro.
Casas aqui só fora do centro, por isso eu nao queria, além da inseguranca: há muitos assaltos a casas aqui. Mas ele não quis apartamento de jeito nenhum. E depois inventou que queria comprar uma casa, em vez de alugar. E a quantia que dispúnhamos para financiar era quase o valor de bananas nesta cidade. Eu achava impossível que achássemos a casa, era isso que me confortava: nunca achar a casa! Mas achamos! Em 3 meses, e próxima ao centro. Eu logo vi que era um bom negócio e disse a ele que achava que deveríamos comprá-la, mas eu nunca quis morar nela, pois precisava de muita reforma. Tenho cartas e emails escritos a ele (porque é impossível conversar com ele, ele fica nervoso), mas ele insiste que eu é que quis a casa. NÃO. Eu nem sequer queria sair de meu apartamento de origem, tudo isso eu disse a ele antes de fecharmos o negócio, antes até de procurarmos um imóvel... Não acho vantagem comprar casa agora pra reformar, com a vida intensa que levamos. Tudo o que falei pra ele acontece mas ele não enxerga: eu vivo reclamando porque a casa é bem maior do que precisamos (eu disse que aquela casa iria me escravizar, e eu viveria chateada nela reclamando o que estraga qualquer relacionamento), tenho de pagar mais por uma funcionária e ainda assim trabalho pra burro nesta casa, a manutenção é cara - está dando quase o que pagávamos de aluguel SÓ DE MANUTENÇÃO. Mas quando falo isso a ele... nem vale a pena. Parei meu curso neste semestre porque estudava aos finais de semana, mas agora meus finais de semana são só pra trabalhos domésticos. E ele acha lindo ter uma doméstica em casa! Nada contra, sempre fiz meus serviços domésticos, mas se matar por uma casa de 200 m2 é outra coisa... Parar um curso que é o sonho de minha vida.. para fazer serviço doméstico?? Que marido é esse? Em contrapartida, eu disse a ele antes de acharmos imóvel para morar que queria passear com ele, viajar... Nunca fiz isso na minha vida, agora que estou podendo fazer, ganhando um pouco melhor... Mas ele não quer, nem no dia de nosso casamento (só no civil) ele não quis dormir num hotel... Nada... Até a aliança que ele me deu... isso também não quero comentar, dói demais.
Gente... Não sei como fui cair nessa... Fora que ele não gosta de serviço doméstico, não ajuda em nada, passa os finais de semana dele estudando. E eu trabalhando... limpando, guardando, lavando roupa, preparando comida... e ficando triste. E o cara continua ali: sentado, estudando. Ele não quer uma esposa, quer uma faxineira. Juro por tudo o que vocês quiserem que é assim. Isso sem contar que tenho 1.55 m e 40 kgs, mesmo que eu quisesse meu físico não aguenta tanto.
Ele melhora em fases, mas melhora de um jeito errado: quarta-feira me levou pra jantar fora, quinta quis fazer amor (ah, também tem esta parte: fazemos menos de 1 vez por mês - ele anda muito cansado, no início eu procurava depois parei - a gente cansa de ser rejeitado ou de ter alguém transando forçado), mas hoje... tudo desandou de um tanto porque fui conversar com ele sobre sairmos para tomar chá... Quando a idéia nao parte dele, ele não aceita. Então você tem que ficar insistindo com ele, e ele faz corpo mole... eu disse que segunda iria voltar ao trabalho, gostaria de sair hoje - só um chá. Mas ele estava cansado e com dor no pescoço... Então falei pra ele (com jeito) que não gostaria de sair toda vez com ele contrariado, que achava que não deveria ser assim, sair deveria ser algo prazeroso. Ele é assim: ele me levou na churrascaria na quarta, então vai ficar falando disso por 3 meses, quando só então vai me levar pra outro lugar. Eu não quero ir a lugares caros, nem como muito, só quero sair um pouco: tomar um shopp de sexta à noite, ou tomar um sorvete, ou comer um lanche na praça, garapa com pastel... SÓ ISSO. Mas com mais freqüência, de forma que eu conseguisse sair da rotina trabalho fora, curso, trabalho doméstico. Eu passo minha vida inteira trancada em algum lugar, é de enlouquecer. Só quero me sentar numa mesa qualquer de um bar qualquer e sentir um pouco a vida, dar risada sem ter de me preocupar em servir os outros, ou preparar a comida, ou lavar a louça depois...
Não adianta.
Continuando a briga... ele foi grosseiro, e me deu uma louca de ir visitar minha família,aproveitar o resto dos dias que tirei de licença e fugir de meu final de semana ao lado de meu marido (porque já sei como será meu final de semana: trabalho doméstico e servi-lo em suas vontades), quando estou LOUCA para passear e espairecer um pouco. Passar um final de semana com meus irmãos e mãe onde todos se ajudam e se divertem é um prêmio!
Falei com minha mãe por telefone, e no fim acabei desabafando um monte de coisa. Ainda bem que fiz perto dele, assim não falei por trás. Todo o desabafo foi em relação a vida naquela casa e o quanto ela me custa. Nesta semana cotei o valor de nossa próxima reforma: será a parte dos quartos, dos 2 banheiros, pintura e sinteco, mais guarda-roupas embutidos. Vamos ficar 3 anos pagando por isso... E essa reforma só representa 1/3 da reforma total da casa. Ou seja: na melhor das hipóteses ficaremos 8 anos pagando por reformas numa casa que me mata de trabalhar. Serão 8 anos sem passeios, sem viagens, sem diversão... fora o estresse que a reforma traz. E detalhe: toda a reforma será feita conosco dentro da casa. Nossa...
Não mereço isso.
Falei estas coisas pra minha mãe, desabafei. Tentei conversar sobre isso na quarta com meu marido, mas ele não consegue conversar sobre o assunto: disse (na quarta) que eu o estava deixado nervoso... Pois é... tudo eu que resolvo, e nem sequer conversar com ele posso.
Sei que ele ficou nervoso porque falei com minha mãe de nossos problemas. Reconheço que é chato, não foi legal, mas juro a vocês: faz um ano que tento conversar com meu marido sobre os problemas que sinto e faz 1 ano que digo a minha mãe que vivo às mil maravilhas com meu marido. Ele não é capaz de resolver nada dentro de casa, nem de dar conta de nossa relação.
Falei pra ele se ele pretendia viver 8 anos (que fossem 4) apertadíssimos de dinheiro, sem nunca sairmos, passearmos, viajarmos... tudo para usar o dinheiro na reforma... falei que não queria essa vida pra mim, não casei pra isso - pra ser uma doméstica de luxo dele enquanto ele decola com a vida dele... falei dos gastos que temos só com a manutenção da casa... sei que ele estourou, disse que daquela casa não sai... então saio eu.
Tem mais um detalhe: ganho mais que ele e praticamente 80% do dinheiro da reforma está saindo do meu bolso. Em outras palavras: estou pagando pra ser empregada e infeliz.
Por isso digo: se meu marido se achasse um homem de sorte por me ter ao lado dele, ele acharia um jeito de mudar isso. Mas ele se acha um cara de sorte por ter aquela casa.
Desculpe aos céus por este desabafo, ninguém merece o que escrevi aqui.
Por tudo isso, já que não tem como falar com meu marido sobre minhas aflições e muito menos ele tem interesse em melhorar algo, decidi acabar com a relação. Espero encontrar logo um apto. para mim.
Imagino o que dá a entender de quem ler isso aqui: que meu marido tem uma amante, me usou para conseguir a casa e agora quer que eu saia para ele viver ali com ela. Vai ver é isso mesmo. Afeto comigo ele não demonstra. Nem preocupação, nem interesse nem nada. SÓ (juro de pé junto) se preocupa com o que ele vai comer, e em ficar livre o final de semana todo para ele estudar.
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